O Guia Essencial dos Sete Reinos Sagrados na Umbanda: Segredos Ancestrais Revelados

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Entendendo os Sete Reinos Sagrados na Umbanda revela uma complexa cosmologia espiritual que define o universo através de sete distintos reinos espirituais. Cada um destes reinos sagrados mantém uma conexão única com orixás específicos e cores particulares, demonstrando a profunda interligação entre espiritualidade e natureza.

A tradição umbandista, especificamente documentada desde o primeiro congresso de 1941, estabelece estes sete reinos como pilares fundamentais da prática espiritual. Desde 2006, centros como o Núcleo Mata Verde têm dedicado especial atenção ao ensino desta sabedoria ancestral, oferecendo um conhecimento estruturado sobre os segredos da umbanda sagrada.

Este guia explora a complexa hierarquia dos sete reinos, suas entidades umbanda e seus guardiões espirituais, apresentando um panorama completo desta fundamental estrutura cosmológica. Os leitores descobrirão como cada reino contribui para o desenvolvimento espiritual e para a prática ritualística desta tradição sagrada.

As Origens dos Sete Reinos na Umbanda Sagrada

A história dos Sete Reinos na Umbanda tem suas raízes profundamente entrelaçadas com o desenvolvimento histórico do Brasil colonial. As primeiras manifestações documentadas surgiram no século XVII, quando as comunidades religiosas afro-brasileiras começaram a formar suas bases espirituais.

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Fundamentos históricos dos reinos

Os fundamentos dos Sete Reinos emergiram das práticas do Calundu, primeira expressão religiosa afro-brasileira documentada. Posteriormente, estas práticas evoluíram para a Cabula, que integrava elementos do catolicismo, pajelança indígena e, nas últimas décadas do século XIX, o espiritismo.

Influências africanas e indígenas

O sistema dos Sete Reinos reflete uma rica fusão de tradições:

  • Reino do Fogo: Regido por Ogum
  • Reino da Terra: Sob comando de Xangô
  • Reino do Ar: Governado por Iansã
  • Reino das Águas: Domínio de Iemanjá
  • Reino das Matas: Liderado por Oxóssi
  • Reino da Luz: Presidido por Oxalá
  • Reino das Almas: Guardião Omulu

Evolução do conhecimento sagrado

Em 1933, surgiu o primeiro livro dedicado às Sete Linhas da Umbanda, marcando um momento crucial na sistematização deste conhecimento ancestral. Consequentemente, a doutrina dos Sete Reinos fundamentou-se na formação e evolução do planeta Terra, estabelecendo uma conexão profunda entre as forças naturais e espirituais.

Os Orixás, considerados seres de elevada evolução espiritual, participaram ativamente no processo de formação planetária. Ademais, cada reino possui suas próprias características vibratórias, manifestando-se em conjunto mas com diferentes gradações e intensidades.

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A Formação Espiritual dos Reinos

A doutrina umbandista dos Sete Reinos Sagrados apresenta uma visão única sobre a criação e evolução do universo espiritual.

O processo de criação dos reinos

Na formação espiritual, sete forças primordiais sustentam a existência e a harmonia do universo. Especificamente, estas forças são:

  • Tatá Pyatã: Primeiro Reino (Fogo)
  • Yby Pyatã: Segundo Reino (Terra)
  • Ybitu Pyatã: Terceiro Reino (Ar)
  • Y Pyatã: Quarto Reino (Água)
  • Caá Pyatã: Quinto Reino (Mata)
  • Abá Pyatã: Sexto Reino (Humanidade)
  • Angá Pyatã: Sétimo Reino (Almas)

As leis espirituais que os regem

Cada reino sagrado opera sob a regência de Orixás específicos, que manifestam as forças primordiais em diferentes aspectos. Furthermore, estas forças espirituais se manifestam no plano material através de vibrações universais.

A interação entre os reinos

Os reinos mantêm uma interação dinâmica através de ciclos setenários, que exercem influência sobre espíritos encarnados e desencarnados. Moreover, esta interação se reflete nos ciclos naturais do Sol e da Lua, estabelecendo uma conexão profunda entre o mundo espiritual e material.

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O primeiro reino representa a máxima energia luminosa, que gradualmente diminui através dos reinos subsequentes até alcançar o Reino das Almas, onde a matéria cede lugar ao espírito puro. Consequently, este ciclo estabelece um equilíbrio perfeito entre as dimensões material e espiritual, sustentando a harmonia do universo.

Os Guardiões e Mestres dos Sete Reinos

Na tradição umbandista, os guardiões espirituais ocupam uma posição central na manutenção e proteção dos Sete Reinos Sagrados. Estes mestres ancestrais estabelecem uma ordem maior no plano astral, regulando as energias e ações de seus súditos.

Os grandes mestres ancestrais

Os mestres ancestrais são seres que alcançaram elevado nível de evolução espiritual, atuando como verdadeiros guardiões do conhecimento sagrado. Especificamente, estes mestres trabalham em diferentes dimensões vibratórias, cada qual com sua própria frequência energética e propósito específico.

O papel dos guardiões espirituais

Os guardiões espirituais, conhecidos como Exus, desempenham funções vitais:

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  • Proteção dos templos e terreiros
  • Controle dos caminhos espirituais
  • Ordenação das forças naturais
  • Transmissão de conhecimentos ancestrais

Indeed, estes guardiões são organizados em legiões ou falanges, cada qual sob o comando de um Exu de grande poder. Additionally, quando devidamente cultuados, estes guardiões podem transmitir uma herança ancestral extraordinária e proporcionar curas espirituais.

A transmissão do conhecimento sagrado

A transmissão do conhecimento sagrado ocorre através de diferentes métodos, incluindo tradições orais e experiências vividas. Os antigos mestres ensinam que cada portal espiritual possui um duplo fluxo de energia, permitindo tanto a entrada quanto a saída de forças espirituais.

Os Exus e Pombagiras das Almas possuem um conhecimento profundo dos centros energéticos humanos, sendo capazes de despertar a “Suprema Consciência” nos iniciados. Através deste processo, o conhecimento ancestral é preservado e transmitido para as próximas gerações, mantendo viva a tradição dos Sete Reinos Sagrados.

A Sabedoria Ancestral Preservada

A preservação da sabedoria ancestral na Umbanda representa um tesouro espiritual que atravessa gerações, mantendo viva a essência dos Sete Reinos Sagrados através de diferentes métodos de transmissão.

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Tradições orais e escritas

A Umbanda preserva seu conhecimento sagrado através de uma rica tapeçaria de tradições. Especificamente, os ensinamentos são transmitidos por meio de:

  • Cursos de formação sacerdotal
  • Programas de rádio e televisão
  • Documentação escrita
  • Transmissão oral entre gerações

Notadamente, mais de 6.000 sacerdotes foram formados através destes métodos de ensino, estabelecendo uma base sólida para a continuidade da tradição.

Rituais secretos revelados

Os rituais de iniciação na Umbanda marcam momentos cruciais na jornada espiritual dos praticantes. Particularmente, a coroação representa um compromisso profundo com o desenvolvimento espiritual. Durante estas cerimônias, os iniciados passam por processos de purificação e conexão com suas forças protetoras.

O ritual inclui elementos como água de laranjeira e rosas, simbolizando a pureza e o amor divino. Os iniciados recebem orientações específicas para cada linha de trabalho, estabelecendo vínculos sagrados com diferentes aspectos da espiritualidade.

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O legado dos antigos sacerdotes

Os sacerdotes da Umbanda carregam a responsabilidade de preservar e transmitir o conhecimento ancestral. Em particular, eles mantêm viva a conexão entre os praticantes e os guias ancestrais que os orientam e protegem.

Os Pretos Velhos, em sua sabedoria, ensinam valores fundamentais como humildade e paciência. Simultaneamente, os Caboclos transmitem conhecimentos sobre a força da natureza e a resistência espiritual. Esta transmissão de conhecimento ocorre tanto em ambientes tradicionais quanto através de meios modernos, adaptando-se às necessidades contemporâneas sem perder sua essência sagrada.

Conclusão

Os Sete Reinos Sagrados da Umbanda representam uma estrutura espiritual complexa que transcende gerações. Cada reino, com suas características únicas e guardiões específicos, contribui para manter o equilíbrio entre as dimensões material e espiritual.

Consequentemente, esta sabedoria ancestral continua viva através dos rituais, das tradições orais e da dedicação dos sacerdotes modernos. Os ensinamentos transmitidos pelos mestres ancestrais demonstram que os Sete Reinos não são apenas conceitos abstratos, mas forças vivas que moldam a experiência espiritual dos praticantes.

A compreensão destes reinos sagrados oferece, sem dúvida, um caminho profundo para o desenvolvimento espiritual. Os guardiões espirituais, mestres ancestrais e as forças naturais trabalham em harmonia, criando uma teia de conhecimento e proteção que beneficia todos os seguidores desta tradição sagrada.

Esta herança espiritual, portanto, permanece como um testemunho vivo da riqueza e profundidade da Umbanda, conectando passado e presente em uma corrente ininterrupta de sabedoria sagrada.